RETRATO DO SERTÃO

RETRATO DO SERTÃO

Marmeleiros sem folhas, hibernam,

Esperam chuvas, que ainda demora.

As folhas secas à terra se entregam,

E o sertanejo, chuva a Deus implora.

Os redemoinhos que poeira, levam,

Tornam mais árida as vidas, e agora,

Marmeleiros sem folhas, hibernam,

Esperando chuva que ainda demora.

O dinheiro que os 'homens' liberam,

Faz tanta falta, mas o banco, ignora,

A dor daqueles que na fila, esperam.

Enquanto a seca seu sertão, devora,

Marmeleiros sem folhas, hibernam...

Réplica ao texto:

A Beira da Estrada

De: Antonio de Albuquerque