ETERNO VAZIO

Por trás dessas férreas janelas

Há sempre um imenso vazio;

Tanto no espaço baldio,

Como em quem olha por elas.

A chuva, que cai pelas frestas,

Não branda o sacrário sombrio:

Por trás dessas férreas janelas

Há sempre um imenso vazio.

E as dores, aos montes, infestas,

Pululam num mar tão bravio,

Escravos dessas mesmas celas...

Jamais encherão o vazio

Por trás dessas férreas janelas...

ItamarFS
Enviado por ItamarFS em 13/07/2022
Reeditado em 08/12/2022
Código do texto: T7558912
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