PIRILAMPO
"pousavam faiscando, desapareciam ..."
(Coelho Neto, Treva, p. 75).
Como um pirilampo de incerto rumo
Estou sempre a vagar por aqui sem prumo
Fugindo do clarão do mundo, do ofuscamento
Vago no escuro, alheio à própria dor, ao sofrimento!
Num vôo buscando achar o norte certo
Sigo minha rota, a colisão bem perto
Como um pirilampo de incerto rumo
Estou sempre a vagar por aqui sem prumo!
Prossegue a noite desta minha vida
Horas perdidas neste meu tormento
Mas com coragem vou buscar alento
Num zig-zag, a vida eu arrumo
Como um pirilampo de incerto rumo!
Sobradinho-DF, 27/11/07