RONDEL DE UMA CARTA DE AMOR

 

De arroubos juvenis estava cheia
A carta que mandaste para mim.
O meu lábio inda sente, saboreia,
A doçura do teu amor sem fim.

Entre guardados a perdi. Por fim,
Na gaveta do tempo, um dia, achei-a.
De arroubos juvenis esta cheia
A carta que mandaste para mim...

Vulcão extinto, o peito se incendeia
No mar da paixão qual bergantim
Outra vez lembrando o canto da Sereia
Diluído pela carta que, em fim,
De arroubos juvenis estava cheia!

 

Afuá, Pará, Brasil, 6 de setembro de 2012.
Composto por Jayme Lorenzini García.
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