DEPOIS...

 

Depois da aurora de teu corpo desnudo
Do entardecer de teu púbis moreno
Só resta quedar-me, patético e mudo,
(Depois das montanhas, do vale obsceno)

Ante o gozo completo (divino e terreno)
A sorver de meu verso o sumo, o tudo.
Depois da aurora de teu corpo desnudo
Do entardecer de teu púbis moreno

Só me resta, quedado, lembrar do veludo
Límpido e macio de teu ventre pequeno
E compreender em amável estudo,
O que há para além do rocio, do sereno,
Depois da aurora de teu corpo desnudo!

 

Afuá, Pará, Brasil, 25 de agosto de 2012.
Composto por Jayme Lorenzini García.
Rondel Anterior | Próximo Rondel