NO APAGAR DAS LUZES...

 

À meia-noite, na cidade, à esmo,
Enquanto mentes medianas sonham flores,
Ele se esgueira no abismo de si mesmo
E canta ao mundo seus dilemas, suas dores!

Já nem se lembra dos carinhos, dos amores,
E da ternura de antanho têm  o sesmo.
À meia-noite, na cidade, à esmo,
Enquanto mentes medianas sonham flores,

Ele amputa de sua alma o peridesmo
Que inda o prendia à vida com ardores
E então renasce sem ser mais o mesmo:
Anjo triste, ele vaga em dissabores,
À meia-noite, na cidade, à esmo!

 

Afuá, Pará, Brasil, 7 de agosto de 2012.
Composto por Jayme Lorenzini García.
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