“ Este texto compõe o projeto Nossa Árvore; venha conhecer”

DOCE DOR            


dá-me do teu mel, dor
dá-me de beber-te doce
colmeia de amor e dor
favo de mel agridoce

ah, se puro o amor fosse
amor dói não é só calor
dá-me do teu mel, dor
dá-me de beber-te doce

vida sem amor, mel sem sabor
do amor muito falou-se:
viver, licor, ardor!
mas de ti a dor mostrou-se
dá-me do teu mel, dor

 

Todo texto do projeto Nossa Árvore é para algum descendente, por mais distante que esteja...

 

A abrangência do amor e dor vai até onde menos se espera, Marina. Há, em cada um de nós, trilhões de células agregadas numa galáxia ambulante de puro amor incondicional - frisando, incondicional; essa é a visão e palavras, não de algum poeta, escritor, artista, e sim de um cientista do INPE, o eminente professor Antônio Donato Nobre, em vídeo que circulou no WhatsApp.

   A galáxia do sistema celular tornando o amor a força deste universo, colmeia de células em absoluta colaboração; a que se desgarra dói em todo o sistema colaborativo ... um tumor...  o crescer a qualquer custo, o morrer do amor celular, o morrer.

   De amor e de dor faz-se o tempo (esses séculos entre nós, Marina!), as rosaespinhos, o caminhar luas, a candura e a pedrada, a poesia, a música, a filosofia, a inspiração:

   . cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é;

     (Caetano Veloso)

   . o fim da dor nos faz duvidar que tenhamos realmente amado;

     (Marcel Proust)

   . nunca seja indiferente a nada.

     (Vito Fiorino, um sorveteiro italiano) 

   O amor e a dor, a origem, o eterno...

Beijos para você, Marina,

do seu octodecavô Cláudio