Átrio Sombrio
No átrio sombrio de nossas vidas
Aguardavam-nos íntimos espectros.
Aspectos que urgiam nos atordoar
E nos revirar pelo lado do avesso.
Transgredimos todas as medidas,
Anverso do que deveria ser versos
No átrio sombrio de nossas vidas
Aguardavam-nos íntimos espectros.
No ardor das noites mal dormidas,
No transcurso imposto pelas horas
A todas as coisas não resolvidas,
Restava uma dúvida: pelo que oras?
No átrio sombrio de nossas vidas.
Referência:
MALLMITH, Décio de Moura. Átrio Sombrio (Poesia). In Coletânea Literatura, Sentimentos & Razões. Vol. 3. Adélia Einsfeldt e Milton José Pantaleão Júnior (Organizadores). p. 97. ISBN: 978-85-93043-61-1. Porto Alegre: Alternativa, 2018.