Sempre que dói
Sempre que dói eu escrevo
Relevo a dor e crio
Sinto o que busco e o que vejo
Faço fluir esse rio
Navego nas águas claras
Mergulho nas profundezas
Busco dúvidas, não certezas
Livro-me dessas amarras
A voz me nasce no corte que ensejo
Quando sinto o inevitável verso
Deixo que a dor dê-me seu beijo
Mesmo sangrando não impeço
Sempre que dói eu escrevo