Clamor atendido
Andando pela vida eu te buscava
Meu coração às cegas vivia
Num deserto árido e seco, eu vagava
Nenhum afeto e carinho eu sentia
Rumava comigo a solidão que me amordaçava
Reinava em mim ecos de uma doída agonia
Andando pela vida eu te buscava
Meu coração às cegas vivia
Ao encontrar-te, vi que a escuridão se dissipava
Outrora um coração calado que tanto sofria
Com sua luz, a alegria e o amor eu encontrava
Deus, sabe o tanto que eu clamava e pedia
Andando pela vida eu te buscava.
Registro uma bela interação
Vila
o caminho que desbravo
escravo do teu carinho
sozinho acabou o cravo
pravo tal como espinho
fininho o dia alinhavo
destravo um torvelinho
o caminho que desbravo
escravo do teu carinho
adivinho o mel no favo
cavo meu próprio ninho
num escurinho conchavo
travo a razão e alinho
o caminho que desbravo
Publicado na Casadospoetasedapoesia (Oficina de Rondel)
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