Clamor atendido


 
Andando pela vida eu te buscava
Meu coração às cegas vivia
Num deserto árido e seco, eu vagava
Nenhum afeto e carinho eu sentia
 
Rumava comigo a solidão que me amordaçava
Reinava em mim ecos de uma doída agonia
Andando pela vida eu te buscava
Meu coração às cegas vivia
 
Ao encontrar-te, vi que a escuridão se dissipava
Outrora um coração calado que tanto sofria
Com sua luz, a alegria e o amor eu encontrava
Deus, sabe o tanto que eu clamava e pedia
Andando pela vida eu te buscava.



Registro uma bela interação

Vila



o caminho que desbravo 
escravo do teu carinho 
sozinho acabou o cravo 
pravo tal como espinho

fininho o dia alinhavo 
destravo um torvelinho 
o caminho que desbravo 
escravo do teu carinho 

adivinho o mel no favo 
cavo meu próprio ninho 
num escurinho conchavo 
travo a razão e alinho 
o caminho que desbravo 




Publicado na Casadospoetasedapoesia (Oficina de Rondel)






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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 10/06/2019
Reeditado em 23/06/2019
Código do texto: T6669286
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