RONDEL EM PAR (parte 4)
O bonito enche os olhos
A doçura aquece a alma
Se aumentam meus abrolhos
A beleza não me acalma
Eis a razão dos meus rogos
Dê primazia à ternura
O bonito enche os olhos
A doçura aquece a alma
Pro regozijo de um colo
Faz-se mister bater palma
Quente, o sol acalora o solo
Brilha a lua com candura
O bonito enche os olhos
(Sílvia Potiguar)
A mira que desnuda a emoção
O sentir transgride a retórica
Lágrimas sem aperto de mão
Vida numa fantasia alegórica
Mas ainda existe um coração
Que tem a pulsação eufórica
A mira que desnuda a emoção
O sentir transgride a retórica
E assim vamos sem um tostão
Atrás de uma paixão exótica
Que nós dê pelo menos a mão
Mesmo que seja muito caótica
A mira que desnuda a emoção
(All Xavier)