A DOR FINGIDA
 
Trago no meu peito uma dor fingida
Como a de Pessoa no seu belo poema
Que adquiri em paixão mal resolvida
E foi solução que virou um problema
 
Trago no verso meu U sem o trema
E uma gramática para ser corrigida
Trago no meu peito uma dor fingida
Como a de Pessoa no seu belo poema
 
Eu disfarço toda dor na minha lida
Invento o drama, azeito o esquema
A minha realidade fica transvestida
Como o Chaplin sorrindo no cinema
Trago no meu peito uma dor fingida
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 24/11/2018
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