Espinho na Carne
Espinho na carne
De tudo que conheço da vida, da minha triste sorte
Das dores a mim infringidas na mais tenra idade
Tentei disfarçar a amargura, achando-me um forte
Perdido em caminhos tortuosos de tosca liberdade
Sem pai, sem mãe, sem ombro amigo ou consorte
O espinho na carne alertava para minha orfandade
De tudo que conheço da vida, da minha triste sorte
Das dores a mim infringidas na mais tenra idade
Lancinante dor causando em minha alma a morte
Andei por escuras veredas só com frágil fé e vontade
Crescendo em solidão, sem referência, qualquer norte
Quis desistir muitas vezes, fugir da obscura realidade
De tudo que conheço da vida, da minha triste sorte