Ausência morta...

Morro cada dia um pouco....
Na ausência vazia percorro imensidões
Grito em mim n’um sussurro rouco
Procuro o sentido para minhas ilusões

Numa lápide decreto minhas emoções
Sem uma veste, nem um riso tampouco
Morro cada dia um pouco....
Na ausência vazia percorro imensidões

Entre mundos caminho, me atestando um louco
Gélidas entranhas que sufocam dimensões
E o destino cruel que se faz n’um instante mouco
Oculta minh’alma liberta de insanas prisões
Morro cada dia um pouco....