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PERGUNTAR NÃO OFENDE
 


 
Se a Justiça não justiça
e a polícia tanto prende,
eu parto de uma premissa
– o perguntar não ofende.
 

Afinal, quem é omissa,
ou bom capital lhe rende,
se a Justiça não justiça
e a polícia tanto prende?
 

Largo da velha preguiça,
enquanto a fogueira acende,
boto mais reza na missa:
há quem diga que se vende,
se a Justiça não justiça.

 
Fort., 17/04/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/04/2016
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