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SEREIA
 


Lá se vai minha sereia
do mar por ondas banhada,
depois de emigrar da areia,
num bamboleio de fada.
 

Da beira-mar não quer nada:
foge da praia tão cheia.
Lá se vai minha sereia
do mar por ondas banhada.
 

Tão feminil, não é feia,
deixa caída a moçada,
que a fixa como quem ceia.
Linda, do mar na esplanada,
lá se vai minha sereia.
 

Fort., 23/03/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 23/03/2016
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