BENÇÃO
 

Vou andando sem notar aonde piso,
muitas vezes escorrego, vou ao chão,
quem me dera poder ver o teu sorriso
que, pra mim, é qual luz na escuridão.

Deixa que eu segure a tua mão,
pra ajudar-me a entrar no Paraíso.
Vou andando sem notar aonde piso,
muitas vezes escorrego, vou ao chão.

E te digo, de nada mais eu preciso,
te acalma, fica em paz meu coração,
me parece... já não ando, eu deslizo,
finalmente recebo Sua benção.
Vou andando sem notar aonde piso.




Inspirado no soneto "Alma Triste" de Aarão Filho
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5526331