ALMA PEREGRINA
-Ó alma peregrina que deixou seu canto,
e veio até o mundo, abandonou seu cais.
Naquele espaço interno, vivo com espanto,
tão só e na certeza de ter nada mais
além da lucidez para secar-me o pranto.
Para que chegue a crença, até onde vais,
ó alma peregrina, que deixou seu canto
e veio até o mundo, abandonou seu cais?
Aprendo com a vida o que me cabe. É tanto
o que levar comigo no fim dos meus ais.
Se nesse espaço interno, eu entrei sem manto
sem ele eu vou sair, nos momentos finais...
-Ó alma pergrina, que deixou seu canto.
-Ó alma peregrina que deixou seu canto,
e veio até o mundo, abandonou seu cais.
Naquele espaço interno, vivo com espanto,
tão só e na certeza de ter nada mais
além da lucidez para secar-me o pranto.
Para que chegue a crença, até onde vais,
ó alma peregrina, que deixou seu canto
e veio até o mundo, abandonou seu cais?
Aprendo com a vida o que me cabe. É tanto
o que levar comigo no fim dos meus ais.
Se nesse espaço interno, eu entrei sem manto
sem ele eu vou sair, nos momentos finais...
-Ó alma pergrina, que deixou seu canto.