PARALELAS


Caminhos sobre pontes e rios...
No silencio profundo, segreda
O ponto cego arremata os fios
A tecer em linhas de pura seda


Faz noite alta, bosque sombrio
Na clareira a subir a labareda
Caminhos sobre pontes e rios...
No silencio profundo, segreda


A escuridão trás da coruja o pio
Escura noite todo som arremeda
O vento forte a assoprar, arrepio
Abrem-se trilhas entre as veredas
Caminhos sobre pontes e rios...



 

 


              

 

 Ponte que nos liga ao outro lado do rio,
é caminho feito de ferro e cimento,
sem ela, até em sonho sinto arrepio,
nem vou pensar nesse maldito momento!

Poeta Antonio Galdino

(Grata, pela sua carinhosa interação, Galdino!)



POSTURA E FRANQUEZA

Eu sendo adepto aos contornos da natureza,
Minhas paragens se moldam a bom conforto,
E não estranho quando topo as asperezas,
Nas incertezas que predominam o meu corpo.

A retidão nos cobra postura e franqueza,
Falta espaço para viver-se no pré suposto,
Sendo adepto dos contornos da natureza,
Minhas paragens se moldam a bom conforto.


O ser humano vive em grupos fora centelhas,
Vem das cavernas hoje faz as sobrancelhas,
Ah uma tendência a aprimorar suas destrezas,
Mas também no rude pode imperar a sutileza,
Eu sendo adepto dos contornos da natureza.

Poeta Miguel Jacó

(Grata, pela sua carinhosa interação, Miguel!)

SanCardoso
Enviado por SanCardoso em 10/04/2015
Reeditado em 26/03/2023
Código do texto: T5202126
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