SOFREGUIDÃO
Meu versar, tem o teu rosto e o teu nome
Escrito, ele está; na palma da minha mão
Chama rósea e ardente que me consome
És amor, és meu desejo; com sofreguidão
És sujeito, verbo, predicado e pronome
Das poesias que reverberam no coração
meu versar, tem o teu rosto e o teu nome
escrito, ele está; na palma da minha mão
Nascente, em que mato, minha sede e fome
Fonte límpida que és, de reluzente sedução
A mim, Amor, já confiaste o teu codinome
Mi'alma te reconhece e te recebe; inspiração
Meu versar, tem o teu rosto e o teu nome