Sombras da noite

Ecos estranhos na madrugada
Amainam-se as procelas
Ventos fustigam a caminhada
Negrume de sonhos e mazelas

Vultos surgem nas vielas
A esgueirar a estrada
Ecos estranhos na madrugada
Amainam-se as procelas.

Luar tênue, sem estrelas
Amarga sina, vida danada
Nos brejos murmúrios, querelas
Vã esperança, ansiada.
Ecos estranhos na madrugada.