O CHUVEIRO É MEU DIVÃ
 
Enquanto a água escorre eu choro
Por tudo que vivi durante o dia...
Verdades são expostas... eu imploro...
Ah! Um viver diferente eu queria!
 
As paredes úmidas eu exploro...
Um soluço na garganta me asfixia.
Enquanto a água escorre eu choro
Por tudo que vivi durante o dia...
 
A esperança vai e vêm... eu ignoro.
Sussurro palavras que antes prendia.
Como uma fera as mágoas devoro...
Ah! que fazer dessa minha vida vazia!
Enquanto a água escorre eu choro...
 
 

INTERAÇÃO DO QUERIDO AMIGO MIGUEL JACÓ
 

MEU DORSO SE DOBRA EM CONCHA.
 
Meu dorso se dobra em concha,
Para agasalhar minha amargura,
As lagrimas misturam se a água,
A correnteza leva minhas agruras.
 
O chuveiro produz nova esperança,
Mais desisto de ser outra criatura,
Meu dorso se dobra em concha,
Para agasalhar minha amargura.
 
Minhas vísceras buscam o delito,
Quanto a alma prima pela clausura,
Os desejos proclamam aventuras,
Neste ensejo acato que sou sonsa,
Meu dorso se dobra em concha.
 

Obrigada caro amigo pela belíssima interação.


( Imagem google)