NOITES SEM FIM - Rondel XXVII

Nas noites que emergiam sem fim

No alarido da tua voz no meu coração

Havia uma dor que doía sentida em mim

Sem tuas mãos de carícias e paixão!

Eram noites escuras sem o carmesim

Dos beijos desbotados do verão

Nas noites que emergiam sem fim

No alarido da tua voz no meu coração!

Triste nostalgia apunhalou-me enfim

Em delírios disfarçados de tentação

Em nossas mãos de anjo querubim

Querendo–nos enlaçados em sedução

Nas noites que emergiam sem fim!