( Eu e meu esposo em 1986 ano do início de namoro)

MOLDURAS
 
Meus dedos percorrem molduras
Como a descobrir do tempo a idade.
Do seu tempo e do meu... Ah! Doçuras...
Escondida nos olhares, nossa vaidade...
 
Beleza ... Rebeldia... Também candura,
Em cada traço o desenho da realidade.
Meus dedos percorrem molduras
Como a descobrir do tempo a idade.
 
O tempo passou como a nossa loucura.
As noites de inverno a estação invade.
Os carunchos cobram caro a sua usura,
Amarelam o tempo daquela felicidade.
Meus dedos percorrem molduras...

 

 INTERAÇÃO DE ALFREDO D ALENCAR
 
INTERAGINDO COM Sônia de Fátima Machado Silva
 
Retratos,
Pinturas,
Enquadrados em molduras
Congelam,
Revelam
De tempos outros a imagem.
Escondem um sem fim de mensagem
Que só a poucos
É dado entender.
Retratos, pinturas,
Nas devidas molduras
Também se oferecem a ler
A quem
Detém
O pertinente poder
De, em ver
Traduzir o que no instantâneo
Está conservado:
Um sentimento espontâneo
Ou bem estudado,
Sorriso forçado
Ou de genuína alegria,
Escondida melancolia,
Roupa adrede escolhida
Ou de improviso vestida.
Passa dedos nas molduras,
O tempo volta
Nas lembranças que capturas.
Tempo, retratos,
Pinturas,
Molduras...

( Alfredo D Alencar)

 
Obrigada por essa rica e magnífica interação caro poeta. Muita honra...