CLAMOR

(rondel)

Justiça! Vivo clamando aos quatro ventos.

Silêncio! Porque resposta eu não mereço.

Quem nos livrará desses momentos?

Diga-me a quem procurar que eu agradeço.

Tanta dor e selvageria eu não esqueço,

E vem o governo com fracos argumentos...

Justiça! Vivo clamando aos quatro ventos.

Silêncio! Porque resposta eu não mereço.

Arma-se a arena dos longos julgamentos,

Vencedor sai o marginal e eu enlouqueço.

Não adiantam, das famílias, os lamentos

Pela vida do povo o poder não tem apreço,

Justiça! Vivo clamando aos quatro ventos.

15/02/07.