A VOLTA
Num desses dias frios disseste: vim!
Cheguei a estremecer por tal surpresa
Ornada com uma flor do teu jardim
Tão linda parecias u’a princesa.
A princípio causaste-me estranheza
Gritaste quando foste, que era o fim.
Num desses dias frios disseste: vim!
Cheguei a estremecer por tal surpresa.
Mas foi na melhor hora, ah, foi sim!
Vivia solitário e na tristeza
Brotaste novamente vida em mim
Voltara ao nosso amor a chama acesa.
Num desses dias frios disseste: vim!
Grato, belíssimas interações:
ENFIM VOLTEI!...
Enfim, amor, voltei para teus braços!
Não poderia viver longe de ti
Mas eu não consegui romper os laços
E de saudade cruel muito sofri...
Não estranhe. Voltei.Os olhos baços
Tanto chorei a dor que eu vivi
Enfim, amor, voltei para teus braços
Não poderia viver longe de ti!...
No leito frio eu recordei teus traços
E relembrei do tempo que vivi
Contigo.Foi seguindo os teus passos
Que renasceu a alegria em mim...
Enfim, amor, voltei para teus braços!....
(Ângela Faria de Paula Lima)
Voltei!...
Por ter-me enganado é que parti...
Por crer que seu amor não era meu.
Voltei! Sem ter-lhe, juro não vivi!
Morri em cada dia após o adeus!...
Sofri o horror de não estar junto a si,
Da dor da ausência dos abraços seus,
Por ter-me enganado é que parti...
Por crer que seu amor não era meu.
Mais eis que novamente estou aqui
Voltei ao amor que me prometeu...
Dá-me o aconchego que perdi
Sou sua Eurídice , és meu Orfeu!
Por ter-me enganado é que parti...
(Nina Costa)