DEPOIS DA CHUVA
No céu lavado a meia-lua brilha,
no fim da tarde ecoa um canto triste;
em cada nota, a dor é uma armadilha,
dessa guitarra cujo som persiste.
Enquanto a alma busca a sua trilha,
mas no horizonte o sol já não existe,
no céu lavado a meia-lua brilha;
no fim da tarde acoa um canto triste.
A dor real, menor que um grão de ervilha,
rola esquecida, com quem desiste,
e a ventania faz tombar a bilha,
de onde as estrelas rolam como alpiste...
No céu lavado a meia-lua brilha!
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