PEDRAS

N°I – série Coisas Brutas

PEDRAS

aquele vate desrolha a alquimia
suscita a ciência que o primevo ignora;
(sem ser absoluto, é sua teoria),
prevendo o amanhecer de uma nova aurora,

lâmina cortante tem nas mãos agora,
na pedra bruta, lascada, o gume afia.
aquele vate desrolha a alquimia
suscita a ciência que o primevo ignora;

o não dito, ignoto, na filosofia,
bem primário, haja necessidade, embora,
na mente aprendiz mil engenhocas cria;
medra o ser humano; o utensílio elabora
e aquele vate desrolha a alquimia.


Afonso Martini
310112

Que linda controvércia tu me arranjas por interação?
Querida, prova de que nem todos pensamos da mesma
maneira. Obrigado por tão linda e suave poesia/ "brincadeirinha".

03/02/2012 12:31 - HLuna
 
Pesou-me como uma pedra
o teu Rondel que não fala
das coisas do amor, e se cala:
semente no asfalto, não medra.
 
Fica o dito por não dito
desvenda a filosofia,
com artes da alquimia...
nem sei, bem, se acredito. 

Mas o amor sempre viceja,
quando cai em boa terra,
a mão que planta não erra.
Por isso espero. Assim seja. 

Só uma brincadeirinha, Afonso. Abrçs.
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 03/02/2012
Reeditado em 03/02/2012
Código do texto: T3477805
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