ALMA TRISTE
ALMA TRISTE
entristecida sinto tua alma – pequena,
neste porvir de nuances promissoras.
me afigura que quando o trabalho engrena
ressente-se esta vida de outros valores.
sentimentais convívios de paz e amores
se extinguem qual vela que no altar se crema.
entristecida sinto tua alma – pequena,
neste porvir de nuances promissoras.
repensa tua vida, doce morena,
se à deriva deixam teu lar, teus fulgores.
tens na alma e no corpo o dulçor da açucena
e ainda tens na mente divinos fervores,
porém tão triste sinto tua alma – pequena.
Afonso Martini - 080112