COMA-ME, DEVORA-ME ENQUANTO RESPIRO...
Para um amor infinito
é pouca a felicidade,
dois eus famintos num grito
(que vida curta, maldade,
clamando perenidade,
corpos fundidos) aflito,
para um amor infinito
é pouca felicidade.
Perverso, digo, repito,
o amor entre mortais.
Nossos corpos, eu insisto,
pedem gozos abissais
para um amor infinito.
Para um amor infinito
é pouca a felicidade,
dois eus famintos num grito
(que vida curta, maldade,
clamando perenidade,
corpos fundidos) aflito,
para um amor infinito
é pouca felicidade.
Perverso, digo, repito,
o amor entre mortais.
Nossos corpos, eu insisto,
pedem gozos abissais
para um amor infinito.