Flor campestre (Trás-os-Montes, Portugal - abril 2008)
EM TEU VIÇO, PLENO DE FESCURA
Em teu viço, pleno de fescura,
Há pujança, vida, puro olor animal,
E sinto aumentar essa bravura
Quando atravessamos nosso portal.
Para lá desse portal, nosso refúgio
Onde sinto teu viço, com fervor,
Dentro desse íntimo território
Apenas os lençóis e nosso amor
Em teu viço o cheiro do pecado mora,
Têm teus beijos o aroma da paixão,
Teu olhar intenso toda me devora.
Encontrei terna e doce prisão
Em teu viço, pleno de fescura.
(Interação ao lindíssimo texto «Tem este viço, o cheiro da essência» do brilhante poeta Miguel Jacó a quem agradeço a inspiração.)
Ana Flor do Lácio (16/08/2011)