O tempo passou e o reflexo da moça também brilhava muito além...
Olhar da menina que sonhava e nem eu mesma sei se um dia existiu!
Não sei onde os guardei ou teci-os em rastros leves que esparzem,
Nas asas da borboleta, casulo, ou no coração ferido que partiu!
Lágrimas salgadas em penumbra que escoava de mim e nem sentiu
Noites nevoentas que me afogavam em dor insistente que se abrem
O tempo passou e o reflexo da moça também brilhava além....
Olhar da menina que sonhava e nem eu mesma sei se um dia existiu!
E só agora deitada nesse chão submersa nas águas que me recebem,
Nessa poça que turva a menina dos meus olhos ausentes que se viu,
O reflexo dos nós desatados que restaram enfim, e desfalecem...
Astros e elos perdido no meu sofrer que languidamente, se esvaiu...
O tempo passou e o reflexo da moça também brilhava muito além...