ATIVISTA
Não sei quedar-me indiferente,
perante os reveses alheios;
de todos vem-me a dor à mente
– deles os caos me dão passeios.
E, pois, minh’alma toda sente,
até do mundo os seus anseios.
Não sei quedar-me indiferente,
perante os reveses alheios.
O que, na vida, for pendente,
do nó já vou tentar os meios,
ou ir-me ao cerne, de repente.
Segundo os próprios devaneios,
não sei quedar-me indiferente.
Fort., 13/07/2011.