ATIVISTA

Não sei quedar-me indiferente,

perante os reveses alheios;

de todos vem-me a dor à mente

– deles os caos me dão passeios.

E, pois, minh’alma toda sente,

até do mundo os seus anseios.

Não sei quedar-me indiferente,

perante os reveses alheios.

O que, na vida, for pendente,

do nó já vou tentar os meios,

ou ir-me ao cerne, de repente.

Segundo os próprios devaneios,

não sei quedar-me indiferente.

Fort., 13/07/2011.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 13/07/2011
Código do texto: T3092376
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.