"MUDANÇA CONTÍNUA*
O nublado clareia, de repente,
não há gris que resista vida afora;
tempo frio, já muda, faz-se quente,
e a tristeza só tende a ir-se embora.
Na mudança contínua, mais contente
é você arranchar-se na melhora;
o nublado clareia, de repente,
não há gris que resista vida afora.
Vamos, pois, na esperança de um batente
pôr os pés e subirmos, hora a hora,
que singrando com a paz do penitente
o melhor lá se vem e não demora
– o nublado clareia, de repente.”
Fort., 26/04/2011.
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(*) Este rondel, em decassílabos, é um
improviso deixado como interação ao
poema da Karinna, “Nublado”, daí vir
aqui entre aspas. Sofreu apenas duas
leves alterações vocabulares.