B O R D Ã O
“Eu te amo... e por que não?”
– o chefe diz à empregada.
E repete um paspalhão:
“Eu te amo, minha amada!”
No mesmo tom, bonachão,
há dom-joão na jogada.
“Eu te amo... e por que não?”
– o chefe diz à empregada.
“Eu te amo!” – um rufião
canta para a namorada.
Por fim, martela o vilão
com voz no mel ensopada:
“Eu te amo... e por que não?”
Fort., 17/03/2011.