O QUE RESTOU
O que restou de vida em mim?
Quando mataste os sentimentos,
incendiaste o meu jardim
e esvoaçaste sofrimentos...
Tão viperinos, meus tormentos...
Laivo em meu céu, inferno alfim...
O que restou de vida em mim?
Quando mataste os sentimentos...
Tal som plangente de um clarim,
ecoam meus ressentimentos!
Mas podes adiar-me o fim
ao devolver-me, em teus alentos,
o que restou de vida em mim.