CATACLISMO¹

Vivo saudoso e tento andar contente,

já que meu cerne abriga-te constante;

e mais querer-te faz-me inconsequente

e o não te ter poria a mim maçante.

Um cataclismo ferve em minha mente,

tanto me dói pensar-te mais distante;

vivo saudoso e tento andar contente,

já que meu cerne abriga-te constante.

Minh’alma à tua aposta, ver corrente,

em conjunção perene e tão marcante,

seja o motor que afague e te contente,

pois que na íris, lendo-te o semblante,

vivo saudoso e tento andar contente.

Fort., 29/01/2011.

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(¹) Rondel em versos decassílabos.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/01/2011
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