'HAPPY HOURS'
Já são horas crepusculares,
e douram-se os cirros da tarde;
asas se desfiam nos ares
– as aves tardas, sem alarde.
E de rubro banham-se os lares;
nos horizontes, Sol que arde...
Já são horas crepusculares,
e douram-se os cirros da tarde.
Luxúria, além, nos lupanares...
Em primos grises, já se encarde
a face da noite... E, nos bares,
dos copos a fauna cobarde
– já são horas crepusculares.
Fort., 21/01/2011.