EM CONFINAMENTO

Amo um viver comedido

e a reclusão do meu lado,

sem expandir-me, atrevido,

já que melhor confinado.

Cá, das turbas protegido,

viro rei, sou respaldado;

amo um viver comedido

e a reclusão do meu lado.

E mais do fútil despido,

sem ou com parco legado,

nada me cai mal no olvido;

sempre e mais de ti lembrado,

amo um viver comedido.

Fort., 18/01/2011.

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João Gomes da Silveira

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Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 18/01/2011
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