RONDEL NACIONALISTA

Eu prefiro cantar o meu quintal

a fazer-me xereta do estrangeiro;

valorizo o que for de nacional

e o d’além me virá por derradeiro.

No que tenho na tábua do nasal

há matizes, sabor, bastante cheiro;

eu prefiro cantar o meu quintal

a fazer-me xereta do estrangeiro.

Telúrico, venero o chão natal

e invisto nas raízes, já, primeiro.

Um mundo de utopias, surreal,

nem que seja nadando no dinheiro:

eu prefiro cantar o meu quintal.

Fort., 30/12/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 30/12/2010
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