ESSE CANTO QUE GUARDO NA GARGANTA
RONDEL XL
Odir, de passagem
Esse canto que guardo na garganta,
que chega, às vezes, a lembrar meu pranto,
maior que eu, tem uma força tanta
que, mesmo aos prantos, um poema canto!
Esse canto, ao meu pranto, se agiganta
e à minh'alma serve de acalanto,
esse canto que guardo na garganta,
que chega, às vezes, a lembrar meu pranto!
Esse meu canto o que há de triste espanta,
só não espanta o triste que sou tanto!
E não há nada, nada, que garanta
que me livre do triste desse manto
esse canto que guardo na garganta!
JPessoa, 22.12.10
RONDEL XL
Odir, de passagem
Esse canto que guardo na garganta,
que chega, às vezes, a lembrar meu pranto,
maior que eu, tem uma força tanta
que, mesmo aos prantos, um poema canto!
Esse canto, ao meu pranto, se agiganta
e à minh'alma serve de acalanto,
esse canto que guardo na garganta,
que chega, às vezes, a lembrar meu pranto!
Esse meu canto o que há de triste espanta,
só não espanta o triste que sou tanto!
E não há nada, nada, que garanta
que me livre do triste desse manto
esse canto que guardo na garganta!
JPessoa, 22.12.10