ESPERA...
Ainda cai a chuva fina na tela da memória...
E minhas mãos de espera afagam a eternidade.
Meus olhos de infinito pacientam-se na glória
de saber-te em mim, partilhando esta saudade.
Partiste. Foste para tão longe, é bem verdade,
Mas tua ausência, eu sei, é noite transitória.
Ainda cai a chuva fina na tela da memória...
E minhas mãos de espera afagam a eternidade.
Cobro do tempo a pressa dos passos à vitória
Mas eternizei-te em versos de cumplicidade.
No degredo, somos astros cumprindo trajetória
No amanhã, um adeus morrerá por finidade.
Ainda cai a chuva fina na tela da memória...