RESTOS DE MIM


Existe hoje, o que resta da vaidade,
tempos pretéritos não voltam mais,
em fotos, vejo minha mocidade,
na doce fase que ficou para trás.
 
Nos netos espelho a felicidade,
amor puro que não se desfaz.
Existe hoje, o que resta da vaidade,
tempos pretéritos não voltam mais.
 
Da estrada percorri mais da metade,
esparzir o amor eu serei capaz,
colher as flores no jardim da saudade,
guardar no peito o que o peito traz.
Existe hoje, o que resta da vaidade.

   
    

Versos bem humorados do talentoso Pedrinho Goltara.


Minina,passei por aqui
Pra um bão dia lhe desejá
Mas, seus "Restos" que eu vi
Me deu vontáde de chorá
Moça,tá bunita e façêra
E vai fazê munta bestêra
O cabra que fô li desprezá!

                   Pedrinho Goltara

   

 Fernando Alberto Couto e sua bela poesia.

......RESTOS DE TI.....

Não, já não te resta vaidade,
pois com humildade demais,
desprezas a inegável realidade,
de que teus encantos são iguais.

Os restos que tu preconisa,
revelam toda a amplitude,
dos valores de uma musa,
com sua eterna juventude.

              Fernando Alberto Couto


      

Beleza explícitas nos versos do Mestre Oklima.
                                            Quanta honra!



RESTOS DE NÓS

O vento faz audível tua voz,
quando o silêncio assume a solidão,
quando a saudade soa mais atroz
e minhas preces pedem teu perdão.

Eu e o soneto ? o que restou de nós!
E para incendiar minha ilusão,
o vento faz audível tua voz
quando o silêncio assume a solidão!

Nas horas de não ser, de estar a sós,
o teu cheiro se achega à minha mão,
escuto o teu sorriso, e, logo após,
somente pra sangrar meu coração,
o vento faz audível tua voz!

                                   Oklima
                            J. Pessoa, 29.10.10


    


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 27/10/2010
Reeditado em 30/10/2010
Código do texto: T2580714
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