QUESTÃO FINITA*

Nosso encanto de amor se foi, aos ventos,

sem que houvesse razões demais sobradas,

tanto mais tu zeraste os sentimentos,

já te pondo a lançar-te em mil roubadas.

Em deixar-me na paz ganhaste tentos,

que se vão relações amarrotadas;

nosso encanto de amor se foi, aos ventos,

sem que houvesse razões demais sobradas.

Os amores infindos dão-se atentos,

não se vestem de cores enraivadas,

mas, por causa dos teus temperamentos,

tua parca paixão pegou estradas

– nosso encanto de amor se foi, aos ventos.

Fort., 10/10/2010.

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(*) Não sou escritor nem tenho a veleidade

de rotular-me de poeta. Contudo, escrever

literariamente é recriar a realidade, sem de

lado deixar o intento de transmitir algum pé

de emoção. Já rabisquei "causos" e preten -

sos textos poéticos revestidos de total au-

sência de lógica e/ou de realismo. A adver -

tência vai para que nas nossas simplórias

garatujas alguém não bote qualquer verossi-

milhança.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 10/10/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2548204
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