Não nasci poema, mas sou propenso
À palavra que passa como um cometa
Do que poema sou bem menos intenso
Sou a palavra crua que me dá na veneta

Vago de versos, apenas um poeta pretenso
Sou quase só aquele que mexe a caneta
Não nasci poema, mas sou propenso
À palavra que passa como um cometa

Que com fulgor de rasgar um vazio imenso
De parir uma estrela ou destruir um planeta
Com a força que leva cada palavra que penso
Desde que a toda essa poesia não comprometa

Não nasci poema, mas sou propenso...



Mote da Denise Severgnini
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 05/09/2010
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T2480594
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