O cheiro tão doce e tão tenro de terra
E tanto verde a casar com o verde do olhar
A saudade a perder-se muito além da serra
E o azul que bem disfarça a vontade do chorar
Dá uma saudade que nem o tempo encerra
Saudade danada de nunca mais deixar
O cheiro tão doce e tão tenro de terra
E tanto verde a casar com o verde do olhar
Tristeza é uma dor de saudade que desterra
Necessidade crua de partir no desejo de ficar
Que amordaça o peito e o olhar então enleva
E o azul que mal disfarça a vontade de chorar
O cheiro tão doce e tão tenro de terra...
(Poesia On Line, Rodovia dos Bandeirantes, km 59,
em 10/08/2010 - 11:05)