Alcunhas de um poeta

Ainda o chamam sonhador

A noite lhe chama solitário

Já lhe chamaram trovador

O chamam também otário

Com honra, foi perdedor

Jamais vil mercenário

Ainda o chamam sonhador

A noite lhe chama solitário

Provou mil taças de dor

O mesmo conto do vigário

Quase sempre sofredor

O último do páreo

Ainda o chamam sonhador

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