vaidades tremidas trepidam amores paridos

dia branco

sorriso levando redes e enxotando vento

encaminhava sol a serra

o tempo cobria o dia

o tempo cuidava o dia

o calor da saudades imantava as plantas da calcacas

onde todos pisavam suportava-se a febre da esperanca

notas sozinhas nao eram ainda música

o silencia era uma estrada necessaria

os jogos noturnos ventavam as arvores

e balancavam cancoes impensadas

os meninos soavam no branco maçante

nas ladeiras cadeiras movimentavam amantes

as cancoes de violoes torturavam dancantes

fotos de mar azul num barco parado

arvores encaixa num barco cancado

meninos amarelos correm em quartos achados

vaidades tremidas trepidam amores paridos

musculos calhado abre parede amassada

vidro em plastico preto amedronta sapos amados

misterios zombam dos amantes alados

minutos de tempo suspende o dia do lado

alegria acre colore o vacuo cansado

astros da terra procura alaridos zombados

marias armadas confrotam os postes parados

um buque de revolver apaga o cheiro do dia

acidos arretados salvavam meninas tardias

e cidades de asas matam flores macias

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/03/2010
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