IRMÃO SOL, IRMÃ LUA...!




Seja bem vindo, irmão Sol, que apareces mais cedo
Trazendo a claridade, com a luz dos teus folguedos...!
Contigo somos felizes, a vida se torna mui bela
Obrigado, irmão Sol, de dia não temos mais medo...!
 
Seja bem vinda, irmã Lua, que apresenta o irmão Sol
Nossa irmã durante a noite; vais dormir no arrebol...!
Seja bem vindo, irmão Sol, que apareces mais cedo
Trazendo a claridade, com a luz dos teus folguedos...!
 
Irmão Sol e irmã Lua, criados pelo amor de Deus
Para iluminar o dia e dar sonhos aos irmãos teus;
Cada um na sua faina de alegrar os dias meus...
Obrigado, irmã Lua, que enriqueces meu enredo,
Seja bem vindo, irmão Sol, que apareces mais cedo...!
 
 

... obrigado e seja bem vindo, horário velho!!!





Os astros - E foi para os astros que o homem se voltou a fim de pedir um processo, uma medida para conhecer e controlar o Tempo. Os astros eram velhos conhecidos. Já no livro sagrado Gênesis, 1-2, 4a, a descrição prodigiosa do Hexaemeron, ou seja, a obra dos seis dias da criação do mundo (hex - seis; hemera - dia: érgon - obra) ensinava aos crentes que no quarto dia, ao criar três categorias de astros (Sol, estrelas e Lua) Deus Ihes confiara três missões: iluminar a Terra, distinguir o dia da noite e marcar as porções de tempo. No Alcorão, bem mais próximo de nós, lemos que Alá criou a Lua e apontou para as suas casas, para que os homens pudessem conhecer o número dos anos e a medida do tempo". E todos os povos primitivos contam o mesmo em seus livros sacros.
Dos astros vinham-lhe a luz e a treva, o frio e o calor, a esperança e o medo. Deles viriam também os dias, as semanas, os meses e os anos. Cada medida nascia por sua vez, com cálculos, instrumentos e métodos próprios. Uma história diferente para cada uma.

O dia e a noite - As exigências da vida naqueles primeiros momentos da espécie não eram muitas, embora fossem graves. Só o imediato valia: o comer, o beber, o dormir, o ir e vir, a melhor ocasião para a pesca, o momento em que os animais desciam aos bebedouros...
Desse modo, ligado tanto ao claro como ao escuro por tantos interesses repetidamente sentidos e resolvidos, o homem verificou que entre o mínimo de dois períodos de trevas mediava um espaço c/aro dedicado ao trabalho, à caça, à vida exterior, e entre dois períodos de luz um espaço escuro de sono, sustos, medo, fronteiras quase da morte! Eram o dia e a noite.
É certo que, durante milênios, o homem se contentou com separar a luz das trevas, o Sol da Lua. Dos mistérios de sua origem, ele emprestou à noite uma população tenebrosa de coisas e criaturas malfazejas. Das necessidades de sua carne e de seu espírito cedeu ao dia as galas e as vitórias. Durante muito tempo o homem amou o dia e receou a noite.
Por conseqüência, não só a vivência popular, mas as entidades responsáveis - Governos e Igrejas Medievais, p. ex. - reforçavam a crença de que tudo quanto se relacione com a Lua é mutável enquanto a precisão, a regularidade são atributos do universo do Sol. A Igreja Pré-medieval admitiu e mesmo adotou o calendário lunar para a fixação das Festas Móveis. Entre estas, a da Páscoa. Já o calendário solar ou Martirológico foi utilizado para a datação das Festas Fixas e para o registro dos sucessos consideráveis.





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