Se me zango... (EC)
Se me zango... (EC)
Quando me zango fico meio isolada
Em silêncio, nenhum verso ou poesia.
Corpo pede socorro, alma assim cansada.
O aborrecer me tira o prumo, a alegria...
Some times explosão, noutras covardia.
Às vezes aborrecimento ligeiro, mais nada.
Quando me zango fico meio isolada
Em silêncio, nenhum verso ou poesia...
Perco a calma com injustiça desmesurada
Desrespeitos, intolerância, minam meu dia.
Introspecta busco de volta a paz ansiada
Versos, rimas de volta, um vício, que eu sorria...
Quando me zango fico meio isolada...
# Entre tantas reações, o aborrecer rouba meu expressar, Hoje (11.08.09) exatos dez dias que não escrevo... Alguns aborrecimentos. Muito silêncio. Solidão. Volto aqui e atendo o Desafio. Desafio-me a produzir algo... Escrever sobre o que estou sentindo. Creio que hoje os versos voltarão. Derramarão.
Desaguar de um Rio. Esperanças no árido solo do meu coração. Que venham versos e chuvas...
Abundantes...
Zangar para que?
Instável tantas vezes. Aborrecer é mesmo mais um senão. Algumas vezes por muito, com rol de razões.Noutras apenas para elevar a pressão. Derrocar os cabelos. Agredir o coração. Quiçá mostrar estar viva. Se importar com o ínfimo.
No propósito de escrever “com que ou quando me zango” reflito: Se formos nos importar a ponto do aborrecer, o mundo, os políticos, as conjunturas e injustiças sociais não só nos aborrecem como decepcionam, destemperam.
Ando querendo uma paga para não aborrecer, um quinhão de confortantes gestos, ações que (me) e (nos) orgulhem. Vou pegar senha e entrar na fila dos menos ansiosos e esperar sorrindo a complacência, que os gestos altruístas ocorram e banhem uma desolada humanidade desinserida que padece mais de injustiças, desrespeito, fome e que são os vírus mais purulentos e desertificadores da vida.
No local que estou pretendo me importar sim com situações que me aborrecem, mas obter respostas mais efetivas quanto às correções e poder
presenciar pedidos verdadeiros de desculpas, reais mudanças de atitudes.
Não quero estar blasfemando ou maldizendo, praguejando ou me descomedindo. Em tons brancos e azuis-bebês, não quero mais ouvir meus bramidos histéricos as voltas com mínimas alfinetadas nem deixar que a Tal de TPM me roube a serenidade e a razão.
Quero ousar Decretar em alto e bom mando um “PROIBIDO ME ZANGAR” quer comigo, quer com os outros. Só faz mal a saúde do corpo e da mente.
Em 13/08/09.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Quando me Zango
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